IA, ou, como chamamos, inteligência artificial, pode ser pensada como uma série de sistemas que imitam a inteligência humana para realizar diversos tipos de tarefas e que também conseguem aprender sem a interferência humana, a partir de dados coletados ao longo do tempo.
Sendo assim, IA pode ser entendida como um processo que envolve o pensamento poderoso com base em análise de uma grande quantidade de dados. Esse processo se baseia em diversos tipos de ferramentas e tecnologias conhecidas da Indústria 4.0.
Como funciona a IA na saúde
A IA é fundamental para o avanço de processos em diversos setores. Na saúde, as tecnologias de inteligência artificial buscam melhorar o atendimento ao paciente, o tempo e a assertividade do diagnóstico de doenças, realizar exames de forma rápida e eficiente e aumentar a eficiência de processos em geral dentro da instituição. São famosas as notícias de braços mecânicos que auxiliam em cirurgias, ou mesmo equipamentos de exames extremamente inteligentes.
Dessa forma, o uso da IA na área da saúde se mostra como uma forma de trazer o melhor para o paciente, com menores custos.
Os 6 princípios da IA na área da saúde
Esses são os 6 princípios de governança e regulamentação presentes no primeiro relatório global publicado pela OMS sobre a IA na área da saúde.
Proteger a autonomia humana
Esse princípio diz que os seres humanos devem permanecer sempre no controle dos sistemas de saúde e das decisões médicas. Além disso, a privacidade e a confidencialidade dos pacientes devem ser protegidas, e, também, os pacientes devem sempre dar o consentimento em tudo, utilizando-se de estruturas legais apropriadas para proteção de dados.
Promover o bem-estar e a segurança humana e o interesse público
De acordo com esse princípio, os projetistas de tecnologias de IA têm o dever de atender aos requisitos regulamentares de segurança, precisão e eficácia para casos de uso ou indicações bem definidas. Devem, além disso, estar disponíveis medidas de controle de qualidade na prática e na melhoria da qualidade no uso de inteligência artificial.
Garantir transparência, explicabilidade e inteligibilidade
De acordo com esse princípio, antes de implantar qualquer projeto ou tecnologia de IA, uma quantidade e qualidade suficientes de informações devem ser publicadas e documentadas. Além disso, todas essas informações devem ser acessíveis e fáceis para consulta pública e debate. Esse debate discute sobre como a tecnologia é projetada e como deve ou não deve ser empregada.
Promover responsabilidade e prestação de contas
Todas as partes interessadas pelo uso das tecnologias de IA são responsáveis por garantir que esses recursos sejam empregados de forma apropriada e por profissionais capacitados. Não apenas, devem estar disponíveis mecanismos eficazes para constante questionamento e para reparação de indivíduos ou grupos que foram afetados de forma negativa por decisões baseadas em algoritmos.
Garantir inclusão e equidade
De acordo com esse princípio, a IA para a área da saúde deve encorajar o uso e o acesso igualitários mais amplos possíveis. Esse acesso deve ser independente de idade, sexo, gênero, renda, raça, etnia, orientação sexual, capacidade ou outras características protegidas por códigos de direitos humanos.
Promover inteligência artificial que seja responsiva e sustentável
Os responsáveis técnicos, como designers e desenvolvedores, mas também os usuários, devem avaliar continuamente os aplicativos de IA para determinar se a aplicação, de fato, responde de forma adequada e apropriada. Além do mais, os sistemas devem ser projetados para minimizar todas as suas consequências ambientais e maximizar sua eficiência energética. Por fim, governos e empresas devem antever interrupções no local de trabalho e se preparar da melhor forma para isso, incluindo capacitação para os profissionais de saúde.
Quais são os principais benefícios da IA na área da saúde
Armazenamento de dados precisos
O armazenamento preciso e completo de dados é uma grande necessidade da área da saúde. Erros em relação aos exames dos pacientes são inaceitáveis. Dessa forma, a IA atua com a integração a outros equipamentos, armazenando em nuvem, por exemplo, os resultados de exames de pacientes. Esses dados, depois, serão facilmente acessados pelo médico responsável, de maneira organizada. A IA é essencial na organização de uma quantidade aumentada de dados, o que torna o seu armazenamento muito mais eficiente.
Otimização de resultados
A IA atua tornando seu sistema de armazenamento mais robusto e organizado. Essa base de dados melhorada contribui para a otimização dos resultados da instituição em todos os procedimentos.
As análises poderão ser realizadas com maior praticidade, assim como as internações serão automatizadas. O monitoramento digital também estará em seu nível máximo, aumentando a qualidade do tratamento oferecido ao paciente.
Diagnósticos muito mais assertivos
Os algoritmos atuantes na IA são programados para encontrar padrões específicos. Com esses padrões, diversas comorbidades podem ser diagnosticadas com muito mais rapidez e precisão.
Softwares ágeis e integrativos
A IA não atua apenas nos equipamentos. Os softwares utilizados são muito mais ágeis e assertivos. Com o uso desses softwares, é possível integrar uma série de equipamentos do local, que passam a se comunicar e a transferir informações com muito mais facilidade. Assim, os processos digitais e as tarefas rotineiras serão realizadas mais facilmente.
Priorização de atendimento
Com o uso da IA, o local poderá priorizar da melhor forma seus pacientes. Dessa forma, com o gerenciamento das informações, será possível atender primeiro os casos mais urgentes, priorizando corretamente até os casos menos graves.
Principais tendências da IA na saúde
Atualmente, o uso da IA se dissemina em diversas partes da área da saúde. Na parte do atendimento, conseguimos ver as mudanças nos prontuários digitais e conectados em redes inteiras de clínicas e laboratórios. Além disso, também têm se tornado cada vez mais populares as teleconsultas. Por fim, dentro do atendimento, há tecnologias que permitem monitorar os sinais vitais dos pacientes à distância, com uso de softwares especializados.
Já em relação aos exames, vemos um avanço ainda maior. Aparelhos de exames inteligentes estão se tornando cada vez mais comuns. Um equipamento de ressonância magnética, por exemplo, pode ser capaz de detectar rapidamente anomalias e já entregar um diagnóstico muito mais rapidamente.
IA e Covid-19
Com a pandemia do novo coronavírus, o uso da IA foi essencial para a aceleração de consultas e diagnósticos.
Tornou-se muito comum o atendimento de pacientes através da telemedicina, permitindo que a população se consultasse mesmo sem sair de casa.
Além disso, foram criados softwares, com algoritmos para a detecção de padrões em exames de imagens e em exames de sangue, capazes de identificar um paciente com coronavírus em minutos.
Não apenas, foram criados também softwares capazes de detectar pacientes com risco de apresentarem sintomas mais graves e complicações da doença, permitindo ao médico dar uma maior atenção a esse indivíduo antes mesmo que seus sintomas evoluam.
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