Atualmente, investir em tecnologia não é mais um diferencial, mas sim uma questão de sobrevivência. A Indústria 4.0 trouxe consigo uma série de tecnologias e, junto, a cultura de dados. As empresas captam e gerenciam dados de todos os tipos, baseando-se neles para as suas tomadas de decisões mais importantes. Dessa forma, ocupa-se cada vez mais espaço em discos rígidos e pen-drives para armazenar toda essa informação.
Contudo, guardar tudo em servidores físicos pode ser muito complicado e até mesmo arriscado. Quando ocorre qualquer tipo de problema no servidor, por exemplo, pode haver comprometimento de toda a produção do dia, ou mesmo a perda de dados importantes para a organização.
Além disso, com o aumento da quantidade de dados armazenados, esses servidores precisam ser reestruturados para comportar maiores quantidades de informações, gerando um custo muito elevado. Por isso, surgindo como tendência nos últimos anos, a computação em nuvem (ou cloud computing) é tão importante.
Ela é uma forma mais fácil e eficiente de armazenar, gerenciar e acessar informações e programas. Os arquivos ou programas são armazenados em servidores online, estando disponíveis em qualquer dispositivo. Tudo isso, sem precisar instalar os softwares ou guardar os ficheiros no computador.
Para entender melhor o conceito, imagine que sua empresa precise executar um software muito pesado, e que demanda muito processamento, em vários computadores. Contudo, esses computadores não possuem um bom processador. Inicialmente, a solução seria investir em um bom processador para todas as máquinas, gerando um custo bem elevado, certo? No entanto, com a computação em nuvem, é possível que esse software seja executado “na nuvem” e todos os computadores atuais da empresa consigam rodá-lo apenas com uma boa conexão de internet, sem nem mesmo precisar instalá-lo de fato.
Como surgiu a computação em nuvem
Apesar de ser tratada como uma tecnologia atual, a ideia da computação nasceu pouco tempo depois do surgimento do próprio computador.
Por volta de 1950, quando as máquinas ainda eram muito caras, as empresas se utilizavam de “computadores centrais” para processar grandes quantidades de informações. Esses computadores centrais eram conectados a outras máquinas, ou estações, onde as pessoas podiam fazer consultas aos dados desejados.
Apenas nos anos 60, a partir das ideias de John McCarthy, também conhecido por seus trabalhos com inteligência artificial, e de Joseph Carl Robnett Licklider, conhecido por ajudar no desenvolvimento da ARPANET, que a computação em nuvem foi tomando forma.
Já o termo “computação em nuvem”, ou “cloud computing”, só foi surgir em 1997. Ele foi empregado pela primeira vez durante uma palestra acadêmica pelo professor de sistemas de informação, Ramnath Chellappa.
Impactos da computação em nuvem na gestão de ativos
Segurança
Os dados podem ser o ativo mais importante da sua empresa. Por isso, pensar em colocá-los em um servidor externo pode dar a sensação de insegurança. Essa sensação pode ser um dos maiores contras ao seu uso.
Contudo, o que acontece é exatamente o contrário. Ao investir em computação em nuvem, estamos investindo em segurança. As empresas que investem em servidores locais também precisam arcar com os gastos de segurança por conta própria, sendo muitas vezes extremamente custoso e complicado para quem não é especialista no assunto. Já as empresas especializadas nesse tipo de serviço costumam também ser experts em segurança, o que pode ser checado, por exemplo, através de certificados de segurança. Dessa forma, é uma opção muito mais interessante terceirizar esse tipo de serviço, deixando-o por conta de quem entende do assunto.
Além da segurança do acesso aos dados, há também a segurança da saúde dessas informações. Backups feitos em discos rígidos podem ser corrompidos pelos mais diversos fatores. Isso pode acarretar em perdas, às vezes, irreversíveis para sua organização. Já os servidores online apresentam maior confiabilidade contra a perda de informações.
Redução de custos
Com o uso da computação em nuvem, a empresa não precisa ter os próprios servidores físicos. Além disso, não será mais necessário ter computadores muito potentes para conseguir rodar softwares mais pesados. Dessa forma, não há mais a necessidade de investir em máquinas superpotentes, hacks, aluguel do espaço, licença de softwares e etc.
Além disso, com o crescimento da empresa, seu servidor pode não ser mais suficiente para armazenar os dados necessários. Assim, seria preciso investir muito para sua reestruturação, através do aumento do espaço físico, da compra de maquinários mais potentes e licenças de softwares mais completos.
Entretanto, com a computação em nuvem, não haverá mais esse tipo de custo. Com ela, todo seu problema pode ser resolvido com a contratação de um serviço que melhor te atenda. Isso permite, por exemplo, que, em épocas de maior demanda, a empresa precise apenas contratar um serviço mais completo por um tempo determinado. Essa vantagem possibilita passar por esses períodos sem ter gastos desnecessários.
Centralização de dados
Muitas instituições contam com uma grande estrutura, espalhada por várias localidades. Para essas corporações, pode ser um tanto complicado armazenar e acessar os dados dos seus ativos, uma vez que eles ficam espalhados. Com a computação em nuvem isso pode ser resolvido. Ela permite a centralização dos dados de todos os seus ativos em um único lugar. O servidor “na nuvem” é capaz de armazenar tudo o que for necessário, de modo que os colaboradores possam acessá-lo de qualquer lugar através de uma conexão com a internet.
Mais facilidade na tomada de decisões
As tomadas de decisões são muito importantes para qualquer negócio.
Com o avanço das tecnologias da Indústria 4.0, os dados passaram a ser um dos ativos mais importantes de uma empresa. Eles servem como base para o entendimento das operações, com seus pontos fortes e fracos. Dessa forma, a tomada de decisões importantes é dependente da coleta e análise de dados.
Quando é feita a escolha de armazenamento por meio da computação em nuvem, há, como dito no tópico anterior, uma centralização desses dados. A partir da possibilidade de acessar as informações de qualquer ativo a qualquer hora e em qualquer lugar, os gestores se tornam aptos a fazer uma análise muito mais profunda e detalhada dos seus ativos. Essa possibilidade, faz com que a tomada de decisões importantes seja muito mais assertiva, baseada em dados concretos e facilitada.
Instalação
Os softwares de gestão de ativos em nuvem não precisam ser instalados em nenhuma máquina local. Eles são instalados e gerenciados de forma remota, sendo necessário apenas uma boa conexão com a internet.
Isso contribui com a economia de espaço nas máquinas locais, com a redução dos custos que seriam investidos em máquinas mais potentes e com a facilidade de acesso às informações.
Poupar mais tempo
Com o uso da computação em nuvem, haverá um maior desafogamento das máquinas que seriam utilizadas para acesso às informações. Além disso, com uma boa conexão de internet, consultar os dados será muito mais rápido do que com um servidor local.
Também, como os arquivos podem ser acessados de qualquer lugar, há uma boa redução do tempo gasto nos processos. É possível, inclusive, consultar o software de gestão de ativos através até mesmo de um celular.
Inventário e rastreamento dos ativos
Quando há uma grande quantidade de ativos situados em diferentes locais, é muito possível que o gestor acabe se perdendo com uma enxurrada de informações em diversas localidades diferentes. Com a computação em nuvem, é possível ter acesso a todos esses dados em um único ponto. Dessa forma, pode-se manter o controle e o rastreio de todos os seus ativos, visualizando suas estatísticas mais importantes e gerenciando-os, não importa onde eles estejam localizados.
Escalabilidade
É natural que sua empresa cresça com o passar dos anos, muitas vezes mais do que o previsto. Contudo, em servidores locais isso pode ser um problema. Isso acontece pois esses servidores precisam ter uma estrutura para aguentar certa quantidade de informações. Quando sua empresa cresce mais do que o esperado, essa estrutura pode não dar conta da quantidade de dados que você precisa armazenar. Para resolver isso, seria necessário investir em uma reestruturação do seu local e na compra de mais maquinário, levando a mais gastos.
Com a computação em nuvem, seu crescimento não se torna um problema. A maioria dos softwares te permitem pagar apenas pelo que é utilizado. Dessa forma, se houver a necessidade de introduzir mais dados, tudo pode ser facilmente resolvido através da contratação de um serviço que te atenda melhor.
Como investir na computação em nuvem
Depois de entender como surgiu, como funciona e quais os impactos da computação em nuvem na gestão de ativos, fica a pergunta: “Como investir na computação em nuvem?”
A computação em nuvem é uma tecnologia muito complexa, cuja palavra-chave é segurança. Por isso, o recomendado é que você busque por parceiros sérios, especializados no assunto. É essencial pesquisar e se informar, garantindo a contratação da empresa ideal, que melhor atenda às suas demandas.
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