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5 dicas para garantir o sucesso na parada de manutenção

O que é a parada de manutenção?

A parada de manutenção é a oportunidade de deixar de conviver com os problemas crônicos. É  a hora de otimizar a operação, modificando o reparo de forma corretiva para a hora de agir preventivamente.

É nessa hora que podemos dar um passo à frente do problema, seja modificando o projeto ou verificando os pequenos sinais que o equipamento vem apresentando e se antever a falha.

A parada de manutenção pode ser por equipamento, por processo, por linha ou por planta.

Pensando nisso, separamos 5 dicas para que essa parada seja realizada com excelência.

Parada de Manutenção: 5 dicas para realizar com excelência

 

1 – Iniciar com antecedência

A parada de manutenção pode ser realizada com antecedência através de dados levantados antecipadamente, sejam manuais ou, preferencialmente, por um software específico.

No cenário atual, esses dados devem ser feitos preferencialmente através de custos, seja o custo de paralisação da operação (quanto custa 1 hora de equipamento parado), ou o custo da paralisação da linha ou processo em que ela esteja inserida (quanto custa 1 hora de toda linha parada).

2- Programar

Com esses dados levantados, é a hora da programação.

Defina o que deve ser feito com base no tempo de parada. O que será feito? Qual será a mão de obra necessária? Qual o material necessário?

Use de todas as fontes de dados possíveis: softwares de coleta de dados, diários de bordo, históricos e principalmente de conversas com os operadores e técnicos de manutenção envolvidos – seja com o equipamento ou processo, eles são excelentes fontes de dados, pois convivem diariamente com o equipamento.

Todos os recursos são finitos, portanto, toda atenção ao planejamento e a programação da manutenção  é necessária.

Outros departamentos tentarão solicitar outras necessidades, e a mão de obra da manutenção nessa hora é sempre a mais desejada, portanto, ouça todo mundo, mas tenha sempre os dados disponíveis necessários para saber o que fazer e mantenha o objetivo de parada zero quando estiver atuando em operação normal.

3- Atenção aos detalhes

Na programação da parada, é essencial que nela conste todos detalhes dos trabalhos, iniciando com os dispositivos de bloqueio de energias e pensando em primeiro lugar na segurança do parceiro que irá atuar.

É preciso ter os procedimentos do que se planeja fazer e também que todo o material necessário esteja disponível na data estipulada.

Lembre-se: gaste o tempo necessário se perguntando se esses detalhes serão o suficiente para fazer um excelente e detalhado planejamento, assim você garantirá o sucesso da parada de manutenção.

Os detalhes na parada de manutenção são de absoluta importância. Algumas paradas de manutenção não são bem sucedidas porque o planejador se esquece de pequenos detalhes, como programar um banheiro químico ou o fornecimento de água potável para a equipe se hidratar.

Deixe sempre uma “folga” de mão de obra, afinal de contas, imprevistos acontecem, e programe mais trabalhos como uma lista de espera. Caso seja um gargalo produtivo, pense em um plano B para colocar em prática, se necessário for.

Tenha sempre os outros departamentos envolvidos no processo: almoxarifado, logística, compras e operação deverão ser parceiros nesse planejamento.

4- Hora de iniciar a Manutenção

Para isso, é necessário todo o apoio da liderança responsável e dos entes envolvidos, que deverão atuar como facilitadores aos técnicos, pois serão dias de trabalho intensos e nesse momento aparecerão problemas que não estavam em evidência. 

Conte sempre com imprevistos, como falta de mão de obra, material inadequado, falta de documentação ou a falta de algum insumo. Esteja preparado(a).

Após a manutenção, não se esqueça de executar o teste com alguma carga nos equipamentos antes de entregar a operação. No início da produção, esteja sempre pronto para realizar pequenas intervenções, principalmente se houver alguma mudança.

5- Verifique erros e acertos

O final da parada de manutenção é a hora de verificar erros e acertos, ou seja, onde houve problemas e melhorias. É hora de ajustar a manutenção preventiva, seja para aumentar ou diminuir o prazo, ou verificar se o plano de lubrificação está correto e se precisa de ajustes.

Será que a operação pode ajudar nessa pós-parada, através de verificações, pequenos reparos e na resolução de pequenos vazamentos?

Dica extra: verifique os custos da parada de manutenção

Chegou a hora de verificar os custos dessa parada: qual foi a mão de obra especializada da manutenção envolvida e quanto ela custou? Qual foi o material?

Compare se  todos os custos inicialmente levantados (aqueles das paralisações do equipamento ou processo) foram menores, assim, você poderá concluir se o custo benefício da parada de manutenção em um período de tempo de operação valeu a pena.

Resumindo:

  1. Pense primeiro em segurança.
  2. Defina um escopo com base de dados.
  3. Gaste tempo planejando.
  4. Saiba a demanda de pessoal e a competência dos colaboradores.
  5. Organize suas atividades e atente-se para as necessidades de redimensionamento.
  6. Encerre sua parada de manutenção demonstrando custos evitados e paralizações devido a quebras zero.

 

Pense em parceiros para auxiliar na programação ou mesmo com mão de obra auxiliar.

Portanto, a parada de manutenção deve sempre ter o objetivo de:

  1. Planejar
  2. Programar
  3. Executar
  4. Registrar e acompanhar os resultados

 

Autor do artigo: Edson Meneghini