Antigamente, antes dessa nova realidade, os seres humanos foram capazes de desenvolver seus negócios sem muitos recursos de TI. Logo, para alguns investidores daquela época (a maioria, na verdade), o investimento na tecnologia da informação era algo muito inviável, por se tratar de algo pouco conhecido e, consequentemente, existirem poucos profissionais especializados.
Então, resumindo, a Tecnologia da Informação possuía um grau de incerteza dentro de uma organização, representando apenas custos e não investimentos que pudessem prover suporte ao negócio.
Depois de um tempo, e veremos isso a seguir, a Tecnologia da informação passou a ser algo imprescindível dentro de uma empresa. É impossível, hoje, tentar imaginar um banco gerenciando contas sem a tecnologia da informação. A TI se tornou, não apenas importante para os negócios, mas um pilar da administração, trazendo com essa revolução, vários desafios.
DESAFIOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS
Dentro de uma empresa ou organização, a tecnologia da informação começou sendo tratada como um setor à parte. Depois, ao longo do tempo, os administradores começaram a implantá-la dentro dos setores administrativos e estratégicos.
Eis que surge o primeiro desafio, o alinhamento estratégico dos serviços de TI com as necessidades da organização. Os investimentos em Tecnologia da Informação, a partir deste momento, deveriam ser feitos pensando nas estratégias do negócio e seus objetivos a curto, médio e longo prazo.
Obviamente, com o aumento da importância da TI perante os stakeholders (responsáveis pelos negócios), a complexidade do ambiente da tecnologia da informação também aumentou. O número de tecnologias e fornecedores aumentaram, acabando com o sono do gestor de TI. Para manter o ritmo, houveram terceirizações e preocupações maiores com as necessidades dos clientes e seus contratos.
Com o tempo, os negócios e estratégias se tornaram dependentes da Tecnologia da Informação para definir seus direcionamentos e projetos. Isso significa que a Tecnologia da Informação, dentro das empresas, chegou em um ponto que todos os setores, sem exceção, não funcionam sem a TI.
A gestão de projetos permitiu que a administração adotasse uma redução de custos, cada vez mais necessária, já que, a cada ano, os orçamentos ficam mais apertados.
Outro desafio é a segurança da informação das empresas, tendo em vista que a informação precisa estar disponível em vários lugares, consequentemente os bancos de dados ficaram mais vulneráveis a ataques de vírus e hackers. Logo, a proteção e a preservação dos dados tiveram de ser aumentados. A organização não pode correr o risco de ruir um dos três pilares da segurança da informação: confidencialidade, integridade e disponibilidade. Tal fato que pode levá-la a prejuízos financeiros e reputação danificada.
GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: FRAMEWORKS
Com todos os desafios que surgiram com a implantação da Tecnologia da Informação dentro da administração das empresas, a demanda pelo gerenciamento de serviços de TI também surgiu.
Esse gerenciamento consiste em concentrar todas as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da Tecnologia da Informação e organizá-las em um sistema viável, com o auxílio de um framework adequado, são alguns deles:
- COBIT (Control Objectives for Information and related Technology): este framework é mantido pelo ISACA (Information Systems Audit and Control Association) e o Governance Institute. A arquitetura do COBIT é formada por quatro domínios: Planejar e Organizar; Adquirir e Implementar; Entregar e Suportar; Monitorar e Avaliar. Dentre esses domínios, o COBIT possui 34 processos e 210 pontos de controle.
- ISO 20000: esta foi a primeira norma internacional desenvolvida pela ISO (International Organization for Standardization) que trata, exclusivamente, sobre gerenciamento de serviços da Tecnologia da Informação. Ela é baseada na BS 15000 (British Standard) e concilia-se com a ITIL. A metodologia da ISO 20000 é a PDCA (Plan-Do-Check-Act).
- ITIL (Information Technology Infrastructure Library): a ITIL é o framework mais famoso e mais popular para o gerenciamento de serviços da Tecnologia da Informação. No começo, a ITIL era a CCTA (Central Computer and Telecommunications Agency) e depois, OGC (Office of Government Commerce). Para sua confecção, foram analisadas experiências de diversas empresas.
Conclusão
No cenário atual das empresas e organizações, é simplesmente impossível que elas fiquem sem a Tecnologia da Informação em sua administração e estratégia de negócio, representando uma forte aliada no quesito competitividade. Com o passar do tempo, surgiram diversos desafios para os profissionais de TI quanto a esta nova realidade.
O próprio alinhamento estratégico foi um desses desafios, inclusive quando se diz respeito à participação dos planos estratégicos, elaborados para serem executados e darem resultados.
Dentre os mais diversos desafios, um dos maiores é a questão da segurança da informação, já que os sistemas ficaram vulneráveis, pois são ligados diretamente com a internet, já que todos os usuários precisam ter acesso a estes dados de quaisquer lugares do mundo. Para isso, foram desenvolvidos diversos métodos para que a integridade dessas informações fossem mantidas.
E junto a todos esses desafios, foi preciso criar o gerenciamento de serviços de TI, que é feito em base a diversos frameworks, que nada mais são do que as melhores práticas para a execução de todo o processo de gestão da Tecnologia da Informação.
São alguns deles: COBIT, que é mantido pelo ISACA; ISO 20000, a primeira ISO voltada exclusivamente para gerenciamento de serviços de TI; e o ITIL, o mais popular de todos os frameworks de gerenciamento.
Referências:
Ministério da Justiça, Plano Diretor de Tecnologia da Informação do do Ministério da Justiça Brasileiro. Acesso em: http://www.justica.gov.br/Acesso/institucional/tecnologia-da-informacao-1. Acessado em: 16/10/2017