A gestão de leitos hospitalares nada mais é do que o processo que busca organizar, administrar e planejar a ocupação de leitos, também chamados camas ou quartos hospitalares.
Basicamente, trata-se do conjunto de práticas que avalia as melhores estratégias para otimizar a provisão desse serviço de maneira satisfatória.
Além disso, a gestão de leitos gerencia mais do que sua disponibilidade, se preocupando, também, com fatores como localização e condições físicas.
Assim, desde a entrada do paciente no hospital, até sua alta e desocupação da cama, faz parte da organização administrativa de leitos.
Isso inclui higienização das camas, assistência médica que envolve cada leito e recursos aplicados.
Qual é o objetivo da gestão de leitos hospitalares
O objetivo principal da gestão de leitos é organizar e otimizar os recursos hospitalares para providenciar um atendimento de qualidade para o paciente.
Suas práticas visam administrar a disponibilização de camas, para que seja possível atender a demanda de forma adequada.
Além disso, a gestão de leitos também busca reduzir o nível de ocupação por meio de estratégias de uso, otimizando a eficiência do sistema para que ele não exceda sua capacidade.
Em menor escala, essa administração também se responsabiliza pela manutenção das camas hospitalares, garantindo um tempo útil maior.
Por fim, essas ações garantem um maior controle dos procedimentos médicos, otimizando o fluxo de trabalho dos profissionais e criando melhores condições para os profissionais envolvidos.
Qual é a importância da gestão de leitos
A gestão de leitos é fundamental para diminuir a taxa de ocupação e controlar a demanda de pacientes.
Este é um dos principais problemas do sistema de saúde brasileiro, que costuma atuar com superlotação de seus leitos, prejudicando a qualidade do serviço.
Além disso, esse gerenciamento estratégico permite lidar com condições sanitárias de forma mais efetiva.
Por exemplo, durante a crise de COVID-19, em 2020, o Brasil vivenciou picos de superlotação de leitos, proporcionando uma crise de saúde grave.
Segundo a Agência Brasil, somente em novembro de 2021, os estados registraram ocupação de leitos abaixo de 50%.
Nesse caso, práticas como a gestão de leitos auxilia nessas situações, evitando colapsos maiores.
Ainda, uma administração eficiente permite economizar recursos, alcançando a sustentabilidade operacional no hospital.
Quais são os benefícios da gestão de leitos hospitalares
A gestão de leitos oferece uma série de benefícios para o hospital e para os profissionais envolvidos. Confira alguns dos principais:
Otimização da capacidade dos leitos
Mesmo que o hospital não invista em mais camas, uma gestão de leitos eficiente pode otimizar a capacidade de internações.
Isso porque suas práticas visam um uso mais estratégico desses recursos, aumentando sua capacidade de acordo com a demanda.
Atendimento com qualidade
Com uma maior organização e menor lotação de leitos, os profissionais podem oferecer um atendimento de maior qualidade, de acordo com o grau de urgência de cada caso e com a disposição dos pacientes.
Além disso, é possível dar mais atenção para as situações, uma vez que não existe uma superlotação.
Satisfação dos pacientes
Com um atendimento mais rápido e a disponibilidade de leitos, a satisfação dos pacientes também aumenta.
Isso permite uma maior fidelização do público, além de um índice menor de reclamações.
Redução do tempo de espera
A gestão de leitos possibilita um planejamento mais adequado do uso das camas, o que reduz o tempo de espera dos pacientes. Ainda, ajuda a reduzir a ocupação e liberar mais recursos.
Um gerenciamento estratégico otimiza até mesmo a disposição física das camas, o que permite um atendimento mais rápido e menos espera.
Monitoramento dos pacientes
Por fim, uma administração eficiente impacta também em outras atividades, como o monitoramento dos pacientes.
Os leitos estarão dispostos de uma forma mais estratégica, auxiliando o acompanhamento dos profissionais para verificar a condição de cada caso.
Como otimizar a gestão de leitos
Finalmente, depois de entender a importância da gestão de leitos, chegou o momento de aprender como otimizá-los corretamente. Veja algumas dicas:
Planejamento é tudo
Antes de mais nada, é fundamental planejar as mudanças e estratégias que serão aplicadas. Isso significa entender a disponibilidade de:
- camas;
- insumos;
- equipamentos necessários;
- profissionais.
O planejamento irá guiar as ações e medidas para melhorar o atendimento e a disposição dos leitos.
Faça um mapeamento de fluxo
Em seguida, é importante fazer um mapeamento de fluxo. Em outras palavras, monitorar admissões, registros e transferências, entender o caminho que os pacientes fazem.
Dessa forma, será possível identificar a verdadeira demanda de internações e como dispor os leitos para atender a esse fluxo.
Identifique os principais problemas encontrados nos leitos
Antes de propor mudanças na gestão, é importante identificar os principais problemas encontrados nos leitos. Por exemplo, condições físicas, localização ou demandas.
Isso permitirá encontrar as soluções ideais para otimizar o hospital e suas necessidades, propondo uma administração realmente viável.
Defina prioridades
Com base nas informações levantadas, é possível determinar as prioridades de mudança.
Uma gestão de leitos possui diversas etapas, e é importante saber o que priorizar para não desperdiçar recursos e mudar o essencial primeiro.
Estabeleça indicadores
Os indicadores são ferramentas que permitem acompanhar a eficiência das mudanças, e verificar se a gestão de leitos está apresentando resultados.
Por isso, é importante ter índices de comparação, e estabelecer referências para analisar ao longo de períodos de teste.
Monte fluxos de processos
Montar fluxos de processos é uma ação fundamental para ter uma gestão adequada. Eles permitem alinhar as rotinas dos profissionais de acordo com as estratégias de uso dos recursos.
Assim, facilitará os atendimentos e as rotinas das equipes envolvidas.
Invista em um software de gestão
Por fim, colocar essas ações em prática de forma manual pode ser mais complexo e demorado.
Nesse caso, vale a pena investir em um software de gestão, que irá auxiliar na elaboração de estratégias, monitoramento de rotinas e análise de resultados.
Além de reduzir as chances de falhas, também permite compartilhar os dados com todos os profissionais, e tornar o hospital mais integrado e moderno.
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